sábado, 7 de junho de 2014

Ouço uma razão



 Eu não sei nada, sobre as poucas coisas boas que existem na vida,
 Os motivos que movem nações, movem paixões, eu desconheço
 Não sinto vazio nenhum, completude alguma ou espaço a ser preenchido,
 Só posso afirmar que sei, que no fundo, existe o nada.

 Autores lidam e tratam sobre pulsões de vida e morte, devem estar certos...
 Os seres vivos ironicamente tendem a querer a morte, sua infiel companheira
 Quando se tem um amigo, tem-se o mundo todo preso dentro daquele abraço
 E já é comum enxergar seu amigo indo embora, e com ele, tudo.

 Cada vazio, cada momento sozinho, cada falta de tudo, me leva a crer
 Que na vida, tudo o que mais desejamos é a morte
 Na realidade, o que mais reforça o pensamento, é que quando estamos felizes, nos confrontamos...
 Estamos tentando nos mostrar que vale mais a pena ser feliz, porque naturalmente algo nos puxa a infelicidade e a solidão.

 Quando se ama, se ama algo, quando se deseja, se deseja algo, nunca alguém em um todo
 Ou será que aprendemos a amar os defeitos dos outros também?
 Quando queremos algo, mudamos o mundo inteiro, e todas as opiniões, todas as contradições deveriam cessar
 É a minha história, eu devo saber qual soldado comandar.

 Nem sempre um vazio pode ser preenchido, muitas vezes o buraco é eterno
 E apenas dentro dessa eternidade, caberia talvez todas as coisas
 Dentre elas o meu silêncio, minhas paixões, minhas pulsões, minhas... Esperanças...
 Talvez esteja num buraco negro no meio do universo, todas as nossas esperanças... 

 Talvez esteja... Num buraco negro no meio do universo... Todas as malditas e falhas esperanças... Que eu sempre tive... Aqui.