Na inexistência

 

Quem sou eu? 

 Uma cidadela, que nós trás a paz, um momento, que nós trás a verdade, um lugar que nós trás imagens e amizades.
 Sentado em uma praça perto do centro da cidade eu senti a paz, eu pude me sentir em harmonia com a natureza da civilização, me senti no coração, com construções acima de mim e ainda assim, haviam árvores ao meu lado, folhas caiam sobre o meu colo, e eu sabia apenas sorrir, com um caderno na mão e uma caneta eu escrevia, a mentira que é viver.
 Naquele momento, eu me depararei com algo que era inevitável, minha cabeça, eu mesmo sentado e não estando em um sonho, me via em pé ao lado de mim mesmo me analisando. Um momento de loucura sem igual, mas ali, eu me sentia bem.
 As pessoas que estavam comigo não estavam ali, viajam em delírios humanos ao qual, naquele momento, eu não compreendia. A necessidade do toque era incompreensível para uma pessoa como eu que naquele momento com os olhos fechados, apenas sentia o mundo inteiro.
 Eu senti naquele momento um pouco de cansaço, estava na verdade exausto de tanto ver aquilo. Eram homens e mulheres que praticavam o desrespeito em público. E eu, escrevia sobre a vida.
 A mente foi programada para pensar em como crescer e viver, em como ganhar dinheiro e ter várias mulheres, fomos acustumados a crescer pensando em como enganar nossas esposas para poder sair com outras mulheres. A mente foi programada para pensar em se arrumar para uma festa, onde encontrariamos vários homens os quais iriam nos desejar, a mente está programada não para amar quem nos ama, mas para amar quem nos paga. O desejo é o sentimento da nova era.
 Tudo aquilo acontecendo, quase que uma orgia e eu, com um caderno escrevendo sobre a vida.
 Minha mente foi programada a se adaptar, como um robô eu sei falar sobre todos os assuntos, sei estar em qualquer lugar e o pior é que eu sei ser qualquer pessoa. Eu me analisei e cheguei a conclusão de que eu sou um homem, que é diferente dos outros homens, sou um homem espetacular e juntamente sou terrível. As pessoas me temem e temem as minhas palavras mais profundas.
 Via um caminho, que era o caminho da minha loucura, me via indo e voltando e muitas vezes eu simplesmente não queria voltar, ou não deixavam que isso acontecesse.
 Não vejo necessidade de pertencer a esse mundo, não vejo necessidade de entrar naquela brincadeira, eu não quero falar de números, eu quero falar de brincar e brincar.

( Homenagiado a um homem, e fique em duvida quando lê, falo somente de mim, ou somente você? Ou somos nós dois nesse mundão ai?)
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  Cativei a mais linda flôr do meu jardim

Corri o máximo que podia com o meu cachorro

Chorei por ter deixado minha infância

Cantei por ter encontrado meus amigos

Orei, para que todos ficassem mais feliz

Encontrei a felicidade, que se despediu de mim

Fui meu melhor amigo de infância

Medi minhas palavras e medi minhas esperanças

Me calei para o mundo

Tampei meus ouvidos

Fechei meus olhos

Porém, lembrarei a todos:

Foi somente fechando os olhos, que ao invéz de ver somente a folha, eu vi a árvore.

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 " Com os olhos fechados
 O coração desarmado
 A mente criada
 O corpo marcado
 A brisa me toca e então
 Eu sinto a existência. "