O Céu de ontem

Grandioso ser, Ó necessário mestre...
 Olhando para o céu esta noite, noto que ele me olha devolta
 E enquanto olhando a ela eu faço perguntas
 Ela olha devolta a mim procurando metáforas.

 O céu a noite brilhoso e estrelado
 Sentiu-se acompanhado aquele dia
 Um garoto olhava as estrelas enquanto sorria
 Seus olhos molhados e quase que fechados diziam o contrário à felicidade.

 Ele parado, em pé, queria ouvir
 O rugido que vinha do silêncio
 Ele parado, em pé, queria ver
 A cor do invísivel fazer-se na sua frente.

 Secando as lágrimas ele se volta para as suas paredes próprias
 E sua mão consegue sentir o concreto da casa
 A outra sobre seu peito
 Consegue sentir na alma a dor de ter perdido o seu maior abrigo.

 Sua cabeça cheia de incertezas, sua mente conturbada
 Pensando naquela moradia que sempre lhe abraçava
 Com frio corre até o quarto e escondido deixa as lágrimas rolarem debaixo das cobertas
 Afim de que o tempo parasse e alguém lhe abraçasse dizendo que não era verdade.

 Quando volta a si
 Não era mais quem foi
 Aprendeu a viver só
 E desaprendeu depois.

 Era solitário no mundo
 E quando ganhou a companhia
 Sentiu-se conformado
 E sabia que sozinho não mais estaria.

 A sua canção na mente tocava
 Mas ninguém as verdades lhe contava
 Na casa onde conhecia tudo, simplesmente não tinha mais nada
 A sua canção na mente tocava
 E na sua casa, a sua companhia entrava
 A sua canção na mente tocava
 E o seu amigo, sobre os seus braços estava.

 Após um tempo, os céus voltaram a lhe alegrar
 Com paciência ele sabia que voltaria a ter
 O que o lugar te deu, para depois tomar
 Mas o que sempre foi e sempre será só seu. 
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 Só meu.... Só meu... 
 Ainda posso fazer muito, mas o céu de ontem, me deixou triste e quis desabafar um pouco.