quarta-feira, 21 de março de 2012
Encontro Inevitável.
As pessoas estão perdendo... perdendo a imaginação, nem todas elas, mas o mundo todo, agora, nós andamos pelas ruas e vemos prédios lindos, altos, casas bonitas, coloridas, pessoas bem vestidas, socialmente apresentáveis. Vemos estações de trem e metrô, vemos ônibus e em alguns casos um avião ou outro voando pelos céus, vemos terno e gravata, saia e salto, livros que temos que ler porque temos que ler, e mais nada. Antes eu me via andando por aí, e criando um novo mundo, desfazendo prédios, conversando com pessoas e elas me respondiam, criando novas coisas e usando coisas criadas, hoje eu só vejo o meu passo se atrasar, eu estou com press e nem tempo de imaginar eu tenho mais, nem tempo de querer saber o porque, nem tempo de ter tempo, eu nunca mais tive.
Andei pelas ruas perto da minha casa, e queria chegar para sair, nem pensei em nada, sim, eu consegui, e quando percebi estava andando em um caminho meio azul, indo de encontro a uma imagem, um robô, que mudava constantemente suas peças de lugar, mudava sim eu ACHO que tinha certeza. A minha unica certeza ali, é que eu precisava encontrar aquela imagem.
Era um inevitável, alguém que vamos com certeza encontrar ao longo de nossas vidas, é realmente inevitável não encontra-los, é desumano quem consegue fugir dele. Era a dúvida.
Me dirigia a ele e perguntava, ou ele só me respondia, sei la. Eu olhava nos seus olhos, mas ele não os tinha, eu penso que era isso, duvidava do que estava na minha frente, mas ele apareceu assim também nas minhas costas, e eu sentia quase nada, era um sentimento que eu não sei explicar. Me dirigi a ele, sem saber quem era, "Senhor, quem é você?", mas ele não parecia ser velho, e nem mechia a boca para falar, mas falava sim que eu ouvi, "Mas quem quer saber?", pensei em mim mesmo, mas não sei se cheguei até uma conclusão, fiz de mim um homem, mas não tinha imaginação, me vi uma criança, que só sabia andar e reclamar, eu só queria no fundo mesmo era brincar.
Amigos passavam pela minha cabeça, inimigos eu acredito que nunca tive, família sempre que possivel presente, namorar era meio diferente, ficam duas ou três pessoas na minha mente, mas sem rosto ou roupa, era eu mesmo de três maneiras diferentes, deles, não havia resposta nenhuma, eu acho que era eu.
Coçava a cabeça para querer fazer ele pensar que eu estava pensando em separar por caracteristicas, mas era questão de querer ganhar tempo, "Eu não sei quem eu sou, eu sou tantos, eu sou eu, eu sou um menino, eu... estou em dúvida". O inevitável não me olhava, mas parecia que queria fazer isso, sumiu, e eu estava de frente para uma casa, que eu não sei até agora se eu pertenço.
Lembrei de algo porque alguém deu a mim a sua mão, e disse que estava na hora de voltar, eu não sabia para onde, mas eu não sei se eu queria ficar ali.
Alguém ri dentro da minha cabeça, e canta uma música, mas dessa vez, não é uma música que me alegra, é uma música triste, de despedida, parece que está indo embora, chega de imaginar que existe algo por trás da verdade, chega de imaginar que a vida... Pode ser uma brisa...
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RR- Bob, parece que ele está sendo mandado embora, mando para ele minhas melhores vibrações, fique conosco, nós precisamos de você.
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Essa brisa... lentamente taciturna
ResponderExcluirVai nos fazer, de um todo a duna
E aguardaremos o regressar
Como se longe, e muito longe
Estivesse nosso lar!
Inevitável não sentir essa sensação
Essa chama negra, que gera destruição
Quando as vozes se intensificarem meu amigo
E do nosso lado, só estiver a nossa face
É hora de invocar o Deus... dentro de nós
Esse que dá pra ter, mesmo sendo ateu
Sendo filósofo, ou simplesmente
Você e eu!!
"...fique conosco, nós precisamos de você."
Acho mesmo, e sinceramente acho mesmo, que uma brisa leve vai nos levar de volta pra casa!!
Belíssima forma de explicar
As várias fazes, que habitam seu ser!