sábado, 28 de julho de 2012

Caindo, mas logo de pé.


Hoje eu não consigo entender mais nenhum pecado
 Hoje eu me olho no espelho e vejo alguém desconhecido 
 Foi hoje que eu quis voar, mas me limitei a andar 
 Foi hoje que eu sorri, sentindo vontade de chorar. 


 Foi porque eu me enganei, eu menti demais 
 Foi porque eu quis acreditar, que eu no final mentia bem 
 Foi quando eu tentei fazer uma vida melhor 
 Logo quando eu percebi, que a vida aqui, não passa de sonhos. 

 E quem me disse que sonhar é tão ruim assim? Sonhar é ir longe 
 Mas sentir-se limitado a não poder chegar lá 
 É querer acreditar que no fim nós vamos conseguir 
 E querer acreditar que nunca vamos falhar. 

 E quem fez que eu perdesse minha fé? 
 Foi aquela pessoa que quis o mérito da ótima lábia 
 Foi também quem me colocou no altar 
 E fez de mim, mais do que nada. 

 E quando me mostraram a felicidade? 
 Foi no momento em que eu me sentia triste 
 Foi o mesmo que questionou minha verdade
 Exatamente quando, eu olhei em seus olhos. 

 Mas desde quando mentir é bonito? 
 Bonito mesmo é a verdade, que nos mostra realidade 
 A realidade que é mesmo feia, que não nos mostra realeza 
 Mentir é bonito, desde quando a verdade machuca os nossos olhos. 


 Desde quando a vida é um teatro? 
 Lá de trás já ouço, que é melhor ver outro espetáculo 
 A vida é de se jogar fora, a amizade é a unica coisa que levamos embora 
 A vida é um teatro, desde quando precisamos encenar nossas alegrias. 


 Mas para que viver na escuridão? 
 Porque luz demais nos cega os olhos 
 Porque é a primeira coisa que enxergamos ao abrir os olhos 
 Porque a escuridão, é o nosso refugio do divino. 

 Quem disse que medo é da morte? 
 O medo mesmo é do desconhecido 
 O medo mesmo é da mudança
 O medo mesmo, é de viver e perceber que de nada adiantou. 


 E para que no final de tudo, viver com um sorriso no rosto? 
 Para mostrar ao seu bom amigo, que a vida não é ruim 
 Para mostrar aos seus pais, que esse não é o fim
 Para mostrar a si mesmo, que sorrir da desgraça, é saber viver na beira das nossas pontes. 


 E por fim, por quem diabos fazemos tudo isso? 
 Por Deus? Pela nossa mãe que nos alimentou? 
 Pelos nossos amigos que estão conosco? Por nós mesmos?
 Para quem perguntamos o que não queremos ouvir de resposta?



 Para onde vamos, quando nos sentimos acuados, pressionados? 
 Vindo de onde, que é tão longe que não se pode chegar? 
 Sonhando tão alto, que é impossível imaginar? 
 Sorrindo com fé, acreditando que a vida não é uma mentira. 


 A morte que não nos cai bem 
 O sorriso que não vai embora
 Inteligente é fugir da verdade 
 Ruim mesmo, é criar uma pequena irmandade. 

 Muitas palavras nos enchem 
 Poucas palavras nos faltam 
 O que queremos nós, que tão pouco merecemos? 
 Fugir? Sonhar? Morrer? Cantar? Viver? Dançar? Cair... E depois levantar. 

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