segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O lugar para onde eu vou

 

Colocaram um capuz sobre a minha cabeça
 Eles querem me prevenir de pensar 
 Querem eles evitar de me deixar ser algo 
 Dizem que querem me preservar para que eu não me torne um monstro. 

 E eu não quero saber de capuz por cima da minha cabeça 
 Sou eu, será que não veem mais isso? 
 Não precisam me deixar jogado dentro de uma dama-de-ferro 
 Mas me dizem que eu sou um caso especial, e que eu preciso permanecer assim.

 Mas quando eu retiro o pó por cima dos ombros eu sou apontado pela rua 
 Eu sou rejeitado pelos meus irmãos 
 E meus amigos, estapeiam a minha cara
 Eu não sou um monstro, eu não sou igual aos monstros.

 Minha mente me culpa, dizendo que eu perdi a sensibilidade 
 Meu cérebro me joga de lado, falando que eu vou me tornar um carrasco 
 Não quero me tornar um bebê que precisa ser cuidado 
 Nesse lugar, eu mais que ninguém sei quais são os caminhos... 

 Alguns dizem ter milhões de anos, mas não entenderam a voz humana
 Muitos deles dizem ser bons e acreditar em Deus, mas não estendem a mão
 E nem sacrificam os seus corpos 
 São esses que me estapeiam a cara e dizem que são os mesmos. 

 Aonde eu pratico a bondade, me chamam de capitão 
 Ali, que eu deixo minha alma me chamam de gênio e de guerreiro 
 Quando eu olho seus rostos, eles sorriem, mas não sei até quando 
 No final é tudo verdade, eu vou ser preso, novamente naquela velha cela onde os monstros ficam. 
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 É por isso que eu uso o chapéu de cowboy, ou que eu desejo usar, para proteger minha mente das coisas ruins... 
 De que adianta falar de felicidades? De que adianta dizer que vai dar tudo certo? Na primeira oportunidade eu sou o primeiro a ser apontado como erro.
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Se quiser pode ir lá correndo e fazer a minha caveira para ele, faça o que quiser. Destrói mais a mim do que a minha imagem. Feliz? 

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