Então, sobre
o inicio de um caminho cheio de árvores, caminho o qual não se sabe onde leva,
alguns que ouviram a conversa dizem que as duas pessoas queriam chegar até o
certo e a verdade um do outro, outras pessoas dizem que só era uma discussão
entre o gato e o rato, talvez entre o sujo e o mal lavado. Mas a pergunta que
me iniciou a questão é: Existem diferenças entre o Bêbado e o Equilibrista?
Eles são realmente tão diferentes por nome, mas na opinião... Depende muito.
Era um homem, que conversava com outro
homem, ambos estavam de pé, apesar de que o segundo aparentava querer cair, com
uma bebida na mão, o equilibrista estava treinando seus malabares,
equilibrando-os nas mãos enquanto o bêbado cambaleava sem mover a garrafa. Mas
os dois, incrivelmente, conversavam sobre a vida, e até mesmo, filosofavam, foi
então que algum deles disse:
- O mundo já nem é mais tão comum, hoje, tudo
é feio, e é cômodo, nada é mais mínimo ou desnecessário, é tudo a risco, tudo a
prova, tudo é nada e nada permanecerá.
Aquele que sente, sente que tem que esquecer o que sente, o sentido é o sentimento, as necessidades mais humanas são mais humanamente necessárias, as vidas são desperdiçadas com besteiras, as quais nós julgamos ser as nossas vidas sendo aproveitadas.
Aquele que sente, sente que tem que esquecer o que sente, o sentido é o sentimento, as necessidades mais humanas são mais humanamente necessárias, as vidas são desperdiçadas com besteiras, as quais nós julgamos ser as nossas vidas sendo aproveitadas.
O outro disse:
- Até que isso tem jeito sim, eu sou comum,
não vejo nada senão o que está à frente dos meus olhos e do que eu preciso. O
necessário é aprender a esquecer de lembrar. Assim, a comodidade se tornará
nula, já que não vemos o que temos e vivemos sempre esquecendo o hoje e
pensando no amanhã.
E veja você, sempre ai inalterado, sabendo da verdade da vida, ainda assim, prefere esquece-la e continuar a busca pela tua própria verdade.
E veja você, sempre ai inalterado, sabendo da verdade da vida, ainda assim, prefere esquece-la e continuar a busca pela tua própria verdade.
O homem retrucou:
- Você que apenas sabe olhar os outros e nada
vê sobre teu estado de decadência, vendo e esquecendo, sabendo da verdade e
escondendo-a para tentar viver a vida com o que tens.
Quando sua sobrancelha atinge o ponto mais
alto possível da testa, o que ouviu agora falava, como que se brigasse:
- A vida é minha, e eu sei o que é bom para
mim...
O outro o interrompe:
- Nunca fizeste tuas escolhas ou olhaste teu
caminho, nunca teve uma vida.
Ainda assim a conversa continua com o outro se
pondo a frente e falando:
- És verdadeiro demais para admitir teu
próprio erro, veja, é igual a mim, nós na verdade temos como diferença e
semelhança o nosso estado de sanidade, sou louco, mas sei equilibrar a minha
vida até o ponto em que posso aguentar, agora olha a ti mesmo e nota que sempre
tenta ser correto a ver a vida e nada crê sobre ela.
Mais uma vez o outro:
- Somos iguais no ponto em que somos homens, e
sabemos que o mundo é perigoso, sabemos os nossos medos, mas a minha diferença
é que sei até onde posso ir, meus limites de sanidade, logo, não faço uso de
nada mais do que qualquer outro homem, faço uso da minha mente, é o que eu
preciso.
Eis que então, a conversa pega sua reta final,
o bêbado já havia falado algumas vezes, e nesta hora sente a brisa passar, e
como o fazendo necessário diz falando alto ao equilibrista:
- Homem como eu, somos iguais quando sãos, a
diferença dos homens de um para o outro, é o seu nível de sanidade, e quando
estamos bêbados não por álcool, mas pela indignação de querer e não poder
mudar, isso significa querer negar a verdade e a comodidade, mas significa
também, aceita-las, o homem que reclama do mundo, já faz parte dele, o homem
que não faz parte da realidade, ira buscar a verdade, mas apenas enquanto a
sanidade o acompanhar, e logo que
perde-la.... Estará junto a nós.
Era a conversa entre o Bêbado e o
Equilibrista, que em minha opinião, sã as mesmas pessoas. O Bêbado que agora
estava são, após as ultimas palavras, passa a garrafa ao equilibrista, e o
equilibrista divide os malabares, e eles aparentemente dando as mãos, somem,
continuando o caminho que se negaram a seguir.
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Não sei dizer se eu criei isso... Ou se em algum lugar da minha mente aconteceu, é meio confuso, mas é algo que eu sempre tentei escrever.
Um dia voltarei a escrever, e será melhor que este, se é que é possivel mudar a opnião daqueles dois, mas queria também que, quem tentasse ler este texto, tentasse imaginar e pensar... Pensem qual deles falou cada parte desse texto e por que.
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Não sei dizer se eu criei isso... Ou se em algum lugar da minha mente aconteceu, é meio confuso, mas é algo que eu sempre tentei escrever.
Um dia voltarei a escrever, e será melhor que este, se é que é possivel mudar a opnião daqueles dois, mas queria também que, quem tentasse ler este texto, tentasse imaginar e pensar... Pensem qual deles falou cada parte desse texto e por que.

Me surpreendi pra valer, boas antiteses, gosto delas, e o final foi muito bom, ótimo! Abraços
ResponderExcluirPenso que quem se equilibra é o verdadeiro bêbado!
ResponderExcluirE o alcoolizado é o verdadeiro sóbrio!
E o fato real desse ensejo...
Está inscrito no prólogo...
Os que desvendam o segredo da vida
Perdem a chance de viver
É melhor que seja sofrida!
Pois assim dá pra saber que vai ser:
Dias de lucidez para dias ruins
Dias de insensatez paras dias melhores
Quem não tem um bêbado dentro de si?
Quem não acha que se equilibra em momentos piores?
Muito bom...muito bom!!!!